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Tristeza

O peito aperta
Mas não acerta
De conter a dor
Os sentidos fecham-se em conchas
Mas não aconchegam
Humores tão intensos
O silêncio faz-se absoluto
Mas o grito vaza
Escorre insanamente
Pelos poros do corpo inerte.
 
 Revivências são projetadas
Num futuro infindo
E o futuro é desejado sim
Pra um dia serem estórias declamadas.

 

A inércia apossa-se
Sem licença e irreverente.
Não consigo contar-me pra você.
Caminho mecanicamente
A esmo
Não reconheço paisagens
Não discrimino os sons
Os tons
As vozes que me afagam.
Apenas vou-me… Assim…
Faço de mim um poço fundo
Onde funda minha alma
E assim espero que passe
O que tão somente só pode ser vivido.
Não sei o que fazer…
Vivencio então a minha tristeza… Assim…
 
 
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One Response to “Tristeza”

By Giuli - 4 fevereiro 2014 Responder

Guardei esse pra mim!!! Perfeito!

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