Tristeza
O peito aperta Mas não acerta De conter a dor Os sentidos fecham-se em conchas Mas não aconchegam Humores tão intensos O silêncio faz-se absoluto Mas o grito vaza Escorre insanamente Pelos poros do corpo inerte. Revivências são projetadas Num futuro infindo E o futuro é desejado sim Pra um dia serem estórias declamadas.A inércia apossa-se Sem licença e irreverente. Não consigo contar-me pra você. Caminho mecanicamente A esmo Não reconheço paisagens Não discrimino os sons Os tons As vozes que me afagam. Apenas vou-me… Assim… Faço de mim um poço fundo Onde funda minha alma E assim espero que passe O que tão somente só pode ser vivido. Não sei o que fazer… Vivencio então a minha tristeza… Assim…
Guardei esse pra mim!!! Perfeito!