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Alecrim

flor de alecrim

flor de alecrim

Alecrim alecrim do mato
Que perfuma a estrada
Por onde passa o meu amor

Alecrim de cheiro oh alecrim
Que perfuma suavemente os pés
Quando foge o meu amor

Alecrim alecrim dourado

  • Data: 27 jul 2012
  • Em: Poemas
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Da Alma do Direito…

Entrevista concedida a AJD – Associação dos Juízes para a Democracia, SP

em 1 de junho de 2012, sobre os temas discutidos no livro DA ALMA DO DIREITO OU A PSICOLOGIA DO DIREITO, recém lançado em São Paulo.

Clique aqui para assistir à  entrevista:

http://www.ajd.org.br/multimidia_videos_ver.php?idConteudo=233

Não deixemos os códigos dominar o direito,

O ser humano é o começo, o meio e o fim…

A ALMA DO DIREITO – 1 de junho from AJD Justiça e Democracia on Vimeo.

A ALMA DO DIREITO,  com Gilberto Rodrigues e Luiz Manoel F. Pires

O direito e seu elemento animador: um grito que ecoa nos bancos das universidades e que se cala ao longa da carreira daqueles que fazem do direito o seu mundo. Gilberto Rodrigues fala sobre aprender e apreender o direito e sua alma.

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Musa

foto Gilberto Rodrigues

Ah como quisera saber a hora exata
Para poder revelar-me para você
Poderia ser que nem me gostasse
Mas também poderia vir a me querer
  
Queria a hora exata e a palavra certa
Para não vê-la esvaecer por chegar depressa demais
E queria a hora exata e o gesto preciso
Para não tê-la perdido sem mesmo tê-la acarinhado
  • Data: 14 jul 2012
  • Em: Poemas
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Agora não importa mais, se há ou não estradas. Agora não dá mais prá perguntar, se há como ou mesmo aonde chegar.

Gilberto Rodrigues

sobre o CIÚME

É  frequente ouvirmos afirmativas de que quem não tem ciúmes é porque não ama. Em parte essa afirmativa procede se estivermos falando do que chamamos ciúme normal, porém temos que nos perguntar se todas as manifestações de ciúme, são iguais, se são normais. Com certeza já vimos ou mesmo já experienciamos cenas ou manifestações de ciúme que consideramos exageradas, descabidas, sem sentido. Mas há sentido no ciúme? Sim, há sentido no ciúme, naquele que poderíamos chamar de ciúme normal, que pode ser racional, que se dá diante de uma situação real, normal e compreensível. Porém o grande problema do ciúme, que acaba, inclusive, desestruturando muitas relações é o ciúme que extrapola circunstâncias reais. Poderíamos chamá-lo ciúme patológico,

Lâminas

foto Gilberto Rodrigues

Os raios do sol se pondo

como lâminas banhadas em sangue

sem piedade pretexto ou pudor

dilaceram meu peito exangue

corte largo profundo e preciso

na carne apodrecida e indolor

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Jardim de Rosas Amarelas


Uma rosa amarela
por entre o esvoaçar dos seus cabelos
leva-me ao longe mais longe dos longes
onde ainda repousa  a memória
lá bem perto de onde um dia
saboreei o amor e vi-me feliz em seus olhos ...
  • Data: 23 jun 2012
  • Em: Poemas
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nAMORando…

foto Gilberto Rodrigues

Namorar. Buscar conhecer. Dar-se a conhecer. Através desta dialética aqueles que já encontraram aquele Outro que o ajudará a descortinar a si mesmo, muitas vezes de forma inexplicável, muitas vezes mágica, outras tantas inesperadas, namorados, se entregam na busca de saber se terá, desta vez, encontrado quem será seu grande amor, para sempre. É preciso crer num para sempre, senão não fará sentido investir tudo numa relação. Mesmo que para sempre possa ser tempo demais. Porém este outro não é a cara-metade, a outra metade da laranja, a tampa da panela ou outros tantos ditos. O Outro que vai me mobilizar não é o que complementa porque o que complementa priva a angústia, o crescimento individual  e o mais rico de uma relação, o autoconhecimento. O outro que tornar-se-á interessante aos meus olhos é aquele que possibilitará a percepção de que, junto com ele,  há muito a crescer enquanto ser humano, enquanto singularidade, por isso recair sobre esta pessoa especificamente e não em outra, a escolha enquanto  objeto do meu encantamento, do meu amor.

            Uma das maiores características deste encontro é o inesperado. De onde e de quem menos se espera, da forma mais surpreendente, num momento inimaginável, … Pronto, nos esbarramos com alguém que nos provoca algo diferente, inexplicável, fora do nosso controle. Isto se dá desta forma porque os encontros que são destinados ao amor obedecem a certas regras que não compreendemos, muito menos explicamos. São da singularidade de cada um. O encantamento que se tem pelo outro muitas vezes diz de algo que o outro tem mas, nem mesmo ele sabe. Muitas vezes é uma particularidade, algo simples, um pequeno detalhe ou um conjunto de pequeninos detalhes que nos fazem olhar de modo diferente para alguém. Muitas vezes nem sabemos explicar, descrever o que foi que teria chamado tanto a atenção no outro. É um encontro de não saberes. Um encontro que produz algo que faz com este alguém se torne especial e leva a uma busca de aprofundamento do conhecimento sobre o outro. E  a medida em que este conhecimento vai ocorrendo ele dá-se num vai-e-vem de descobertas. Por isso uma relação de amor é sempre uma relação de mão dupla, não se ama sozinho, pois amar é saber de si através do outro. O outro torna-se parte do meu autoconhecimento e vice-versa. E se este alguém corresponde, por ter sido também tocado por algo simples, está dado o primeiro passo para que uma relação especial possa se estabelecer. Porém, não é necessário que este entusiasmo, este encantamento,  ocorra a primeira vista, de forma simultânea. Basta que se dê  em uma das partes e que a sensação de ter encontrado alguém especial ocorra para que este, agora enamorado, busque conquistar o seu objeto de encantamento e de interesse para mostrar-se e ver se aquela pessoa que tanto o entusiasmou possa “ver” nele também algo de especial, uma particularidade que encante, ou mesmo algo que também não sabe e nem precisa explicar. Os encontros que dão origem ao namoro, aos grandes amores, às verdadeiras paixões não estão ao alcance dá razão, da explicação lógica ou de uma sequência objetiva que saibamos, mais tarde, explicar. E este inexplicável é, via de regra, exatamente aquilo que se coloca entre os enamorados, os amantes e os apaixonados e que os levam a idealizar projetos para uma vida em comum.

            Enamorados, buscam, então, cultivar o amor. Amor que possibilita a quem ama encontrar a resposta para uma das questões que mais afligem o ser humano, “quem sou eu?” Sim, amar é encontrar-se consigo mesmo a partir da convivência com alguém que possibilita o saber sobre si mesmo, pois, como já dito, amar é saber de si através do outro . Para amar é necessário que saibamos das nossas faltas, das questões que constroem os nossos vazios, as nossas angústias, e é ao dar isso que eu não tenho, que não sei que sou, que se estabelece uma verdadeira relação de amor, e nesta dialética de não saberes, de não saber tudo que tenho e sou, é que vou me descobrindo nesta relação estabelecida. Por isso a pessoa que será eleita como o objeto do meu amor será exatamente aquela que possibilitará que eu me conheça melhor, me goste mais, me ame. É pelo fascínio que experimento ao descobrir-me, ao ir sabendo cada vez mais de mim numa relação de amor que busco perpetuá-la. Cuido do outro para que deste encontro mágico e inexplicável vá me tornando uma pessoa melhor. Donde dizermos que o amor constrói, dignifica, faz crescer. Se neste vai-e-vem de uma relação de amor este processo de autoconhecimento torna-se duradouro para os dois na construção quotidiana de uma relação esta relação será cultivada com carinho, compreensão, companheirismo, afeto e amor pois ela terá se transformado numa relação de crescimento, de alegria, de encantamentos  e prazeres para ambos. E apesar das intempéries do dia-a-dia ela será cuidada pois é através desta relação de amor que cada um cresce e se descobre enquanto ser humano, enquanto uma singularidade que transforma a vida em algo que valha a pena e merece ser vivida. Ser feliz é consequência.

Artigo publicado na VITRINE REVISTA, Junho 2012| no. 32 | ano 4

Tristeza

O peito aperta
Mas não acerta
De conter a dor
Os sentidos fecham-se em conchas
Mas não aconchegam
Humores tão intensos
O silêncio faz-se absoluto
Mas o grito vaza
Escorre insanamente
Pelos poros do corpo inerte.
 
 Revivências são projetadas
Num futuro infindo
E o futuro é desejado sim
Pra um dia serem estórias declamadas.

 

A inércia apossa-se
Sem licença e irreverente.
Não consigo contar-me pra você.
Caminho mecanicamente
A esmo
Não reconheço paisagens
Não discrimino os sons
Os tons
As vozes que me afagam.
Apenas vou-me… Assim…
Faço de mim um poço fundo
Onde funda minha alma
E assim espero que passe
O que tão somente só pode ser vivido.
Não sei o que fazer…
Vivencio então a minha tristeza… Assim…
 
 
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